Sempre ressussito nas memórias do vento
Onde via-a te, ave-mulher, assim me perdi
Nesse passeio incosequente, onde eu ardi
E para não arder, criei versos no tormento
Palavras que não são castas meu alimento
Me revivendo assim, nos versos que urdi
E deles eu desdenho, e também me aturdi
Mas escorrendo no tempo do rompimento
Antes da morte desmemoriada, um alento
Onde busco o sopro, assim na sina comedi
Tomo a tarefa de sempre te guardar e surdi
Assim livro-me do efémero sem sofrimento
Pois outros irão ver-te serenamente, não eu
Que pretendo libertar-me onde tu pereceu
O vento também alimenta-se um pouco de todos nós...
ResponderExcluirLinda poesia.
Ótimo fim de semana pra ti.
Maravilhoso seu soneto, tudo em harmonia e a musica eleva a beleza. adoro ler-te bjs
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