Rondel e Rondó - conheça



RONDEL:

Surgiu na França, no século XIII.
Não há variações na sua forma. A poesia do rondel é formada por duas quadras e uma quintilha. Os dois primeiros versos da primeira quadra, se repetem nos dois últimos versos da segunda quadra. O primeiro verso do poema, também costuma ser o último.

PARA SER FELIZ

Não posso ter medo de ser feliz
Vou cobrar o que a vida oferece
Ainda que eu vá ficar por um triz
Esta ocasião não é o que parece

É isto sempre o que a pessoa diz
Se formos felizes o bem acontece
Não posso ter medo de ser feliz
Vou cobrar o que a vida oferece

Quero fazer o que ainda não fiz
Até aquilo que a mim entontece
Quando a gente ainda é aprendiz
Depois aprende e nunca esquece
Não posso ter medo de ser feliz!

Lourdes Ramos.

RONDÓ:

Surgido na França, em 1250, aproximadamente na mesma época do Rondel , como um ritmo que acompanhava a dança de nome “Ronde”. 
Normalmente, é uma poesia com estrofação composta por quadras.

Rondó Português: É o mais adotado no Brasil. Apresenta uma variação. Comumente, formado por oito quadras ou quatro oitavas. 
Uma quadra é repetida no final de oitavas ou de duas quadras. 
 A quadra recorrente tem rima encadeada, ou seja,
 a rima que corresponde ao primeiro verso, 
está no interior do segundo, e a deste no interior do quarto. 
Prefere-se o verso de sete sílabas – redondilha maior .

RONDÓ DOS CAVALINHOS

Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
Tua beleza, Esmeralda,
Acabou me enlouquecendo.

Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
O sol tão claro lá fora.
E minhalma – anoitecendo!

Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
Afonso Reys, partindo,
E tanta gente ficando...

Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
A Itália falando grosso,
A Europa se avacalhando...

Os cavalinhos correndo,
E nós, cavalões, comendo...
O Brasil politicando,
Nossa! A poesia morrendo...
O sol tão claro lá fora,
O sol tão claro, Esmeralda,
E em minh'alma – anoitecendo!

Manuel Bandeira


Espero que ajude a conhecer 
um pouco mais dessa tal de poesia