domingo, 26 de setembro de 2010

Wicca

Formas lascivas
Deliciosas
Lábios carnudos
Febris
Seios pequenos
Ventre de laca,
Ornado
Com gracioso
Umbigo
Ilharga, pubis
Calor e visgo
Coxas firmes
Esbeltas,
Que queima
Trêmula
Wica
Me enfeitiça
Quando me
Recobre de
Saliva
Sons graves
Gestos suaves
Vasto querer
Prazeres
Que me transforma
Em um deus pagão
Eternos, humanos
Te tomo
Aperta tua carne
Peito e ventre
Provocante
Sem pudor
Volúpia,
Esparramando doçura
Na agonia
Do momento
Mistico
Angústia e gozo
Sonho e amor
Macerando essa fome
Eternizando o efemero
Na beleza no desejo
Nessa chama
Que arde
Em tua doce carne.

A fabrica

Sou um louco
Intenso
Liberdade pra mim
É pouco
Nem anjo ou
Demônio
Entre mundos
Na quimera
Do amor puro
Que percorre
Queimando
As veias
Onde com a pena
Crio o éden
Com seus lírios e
Cogumelos
Vinhos que
Alegram
Nas lágrimas
De chuva
Que seja eterno
Enquanto dure
Sabores dos lábios
Carnudos e
Úmidos
Descubro as praias
Portos
Lagos e gozos
Pura perdição
Que a maresia
Atiça
Degusto a vida
Assim debocho
Da morte
Que me espreita
Amor e ódio,
Egoismo do
Desejo que arde
Na carne lasciva
Alucinações
E devaneios
Interrogações
E mergulho
Nesse paraiso
Onde se fabrica
Gente
Germina o coração
Com o cultivo das
Emoções.

Desejo cativo

Desejo cativo
Casto, triste
Frio
Formas escuras
Nos aprisionam
Arrancando
Nacos do tempo
Na falta de
Tua presença
Boca e visgo
Viboras de fogo
Escorpiões
E seda
Desejos tímidos
Acanhado
Encobertos
Por nossas
Pedras
De forma
Danosas
Mas te busco
Amor
E tua boca
Me cobre
De saliva
Quando toca.
Brilho lascivo
Com a descoberta
Do soberbo

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Que clareza é essa?



Que clareza é essa?
Que sinto agora
Algo exato e comum
Que estilhaça
Meus sonhos
E ilusões
Me deixando vazio
Sem brilho
Não entendo isso
Pois sou maior
Que qualquer rótulo
Mas essa exatidão
È fria e rude
Áspera
Me atirando
Ao inferno humano
Normal
E previsivel
Me deixando
Acomodado
Resignado
Mas espere
Isso não sou eu
Pois a chama
Que queima
Em meu peito
Me faz acreditar
Em sonhos
Impossiveis
Em amores
Plenos
E verdadeiros
Pois o que eu busco
É muito maior
Que a própria
Liberdade

Porque não me vê


Porque não me vê
Nem sente
De forma ampla
E intensa
Não te basta
Os cantos e
Encantos
Da carne
Lasciva
No efemero e
Magnifico
Momento
Dessa busca
Como se eu
Fosse
Teu último
Suspiro
De tua
Conquista
Desejo esse
Que não santo
Mas arde
Puro intenso
Tua carne e luz
Palpita,
Vasto, flexível
Satisfazendo
Essa fome irada
E possessiva

Minha senhora

Minha senhora
Quando me
Envolver
Em teu abraço
Doce, calmo
Gesto forte
Sereno
Pois com ele
Não há mal
Que perdure
E tudo conforta
Guie meus
Passos
Nesse destino
Comum
A todos
Com teu toque
De seda
Feche-me os olhos
De forma
Delicadamente
Assim me
Liberte
Mas ouça
Morte
Sei que tu
Sempre me
Acompanha
Mas antes
Que queira
Me levar
Te digo
Vai demorar
Com toda certeza
E ainda
Vou voar muito longe
Brincando de ver
A beleza na vida

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Quando adoece


Quando adoece
A natureza em mim
Me sinto aflito
Caminho entre
Mundos
Com minha pena
Crio versos
Rabisco salamandras
De fogo
E danço com elas
Nessas labaredas
Sempre me perco
Louca sensação
Como se tivesse
Que dar banho
Em uma mosca
Embriago amanheço
Com pássaros
Roucos
Que insistem
Em gorjear
Pessoas razoáveis?
Doce ilusão
Elas apenas desejam
Um olhar azul
Pois se proclamam
Ùnicas
Mas em meio
A esse turbilhão
Noto que a poesia
Nada mais é
Que voar sem ter
As próprias asas

Olho-te


Olho-te com
Delicadeza
E espanto
Em nossa
Mistério
Tu és minha
Estrela do mar
Vento estranho
Que acaricia
A pele nua
Trazendo
O toque do
Destino
Dessa bela flor
Suas pétalas
Eram tua seda
Delicada, perfudada
Ainda te sinto
Em minhas mãos
Na brumas
Tu me envolveu
Te encontrei
No morno da grama
Dourado alvorecer
Também no fruto
Mordido
Mas o que faço?
Se os cantaros
Envolvidos pela
Sombras
Se encheram
De lágrimas insistentes
E só a solidão
Me faz companhia