TU NÃO SENTES!
Tu não sentes! Tu tornou-me inferno
Pallhas e uma rocha se fazia evidente
Entre escombros e mágoas, o eterno
Silêncio, unguento vivo do penitente
Mas tu nasceste comigo,e consterno
Densa, intensa e me faz descontente
És furiosa,delicada mas me faz terno
Tempo- morte e revela-se sorridente
Mas transforma-se, me faz superno
Quando procuro-te, e sou descrente
Sou poeta , sem garras e te proterno
Tua matiz, passo de luz onde alterno
O negro da alma,mas tu me ressente
A caça do nada, na rocha meu averno
Ricardo Vichinsky