Entre sóis que clareiam minha face
E incendeia nos sonhos as estrelas
Sou poeta , sou viajante, no enlace
Do vasto, a loucura sempre se rebela
Nos vales que desejei as quimeras
Tudo que a deidade poderá revelar
Uma intensa canção nessas esferas
A morte, gnomos secretos, a velar
Essa fada ácida que me corrompe
Com palavras vazias, doces e carícia
Assim a ilusão sempre interrompe
Revelando seus espinhos e malícias
Palavras que eu não poderia contar
Mas absolutas, que não há negação
Fazem voar!Mas a carne a encantar
Sol que a terra queima, com emoção
Nesse brilho, meus olhos perdidos
Tentando descobrir onde tu estava
Pela fada na ode sempre fui iludido
E esqueci da flor pela qual sonhava
Dilacerando minhas raizes e leveza
Da alma, sem ilusões ou caminhos
Reconhecendo apenas a aspereza
Jamais retornarei aos meus sonhos
Pai dos ventos, teu perdão eu clamo
Através do mar do tempo, indefeso
Diante da descoberta,onde proclamo
O desejo da fada profana de Ephésus