segunda-feira, 13 de junho de 2011

Desejo da fada




Entre sóis que clareiam minha face
E incendeia nos sonhos as estrelas
Sou poeta , sou viajante, no enlace
Do vasto, a loucura sempre se rebela 

Nos vales que desejei as  quimeras
Tudo que a deidade poderá revelar
Uma  intensa canção nessas esferas
A morte, gnomos secretos, a velar

Essa fada ácida que me corrompe
Com palavras vazias, doces e carícia
Assim a ilusão sempre interrompe
Revelando seus espinhos e malícias

Palavras que eu não poderia contar
Mas absolutas, que não há negação
Fazem voar!Mas a carne a encantar
Sol que a terra queima, com emoção

Nesse brilho, meus olhos perdidos 
Tentando descobrir onde tu estava 
Pela fada na ode sempre fui iludido
E esqueci da flor pela qual sonhava

Dilacerando minhas raizes e leveza
Da alma, sem ilusões ou caminhos
Reconhecendo apenas a aspereza
Jamais retornarei aos meus sonhos

Pai dos ventos, teu perdão eu clamo
Através do mar do tempo, indefeso
Diante da descoberta,onde proclamo
O desejo da fada profana de Ephésus