" Pensamentos nos levam a mundos distantes, nos fazem pensar em amores , alegrias e tristezas, sonhos e fantasias , e da mesma forma nos faz refletir sobre o que há dentro de nós.Enfim um lugar onde tudo é possivel"
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Perda da inocência
Dessa fome de afagos, malícia
Etilhaçando-me na solidão, oca
Tento voltar a luz de forma louca
E crio o verso, lembro da caricia
Mas não me sobreponho a fome
Do que se foi, calor, pele e saliva
E te memorizei de forma passiva
Na solidão a chama me consome
Isso em nada mudará o universo
Nem o instante que interminável
Quer arde até na morte inevitavel
Desejo que lamento nesse verso
E pontilhando com a imprudência
O agora, na perda da inocência
Recíproca morte
No agora, não me pertenço mais
Nem meus versos e sensações
Pois são tuas, carne e emoções
Me refazendo,na ilusão carnais
Desfaz a muralha, refaz o verso
Alimenta essa, carne e canções
Tempo nada sabe das criações
Nem do amar, do gozo,inverso
Mas pertenço a ti ,assim jamais
Serei liberto, na alegre canção
Terei a face do amor na solidão.
Torno-me pó, soberba e corais
Me esparramando em ti, refinado
Inerte, na reciproca morte, calado
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Um visionário
Onde se tece além de todas aparências
É garra, ode e ferro, imensa e absoluta
Tempo-mutação,lavra, ilusão do poeta
Pássaro-palavra, volúpia nas essências
Se deteriorando na plenitude, que vela
O sangue, o sagrado o amor na vivencia
Falha divina, gesto humano, transparecia
Apunhalada palavra afaste-se, se revela
Te batizo de novo, entre asas e poetas
Nesse trançado dessa teia e inspiração
Ao invés de morte, candeia, ou canção
Em versos vago e te faço a proposta
De um visionário incendiado pela paixão
Que faça da morte a vida com compaixão
Olha o que fizeram pra mim
R icardo,
I ncansável escritor
C aminha através das letras, seu vigor!
A mor incondicional...parceiro sem igual
R ir contigo é sempre uma dádiva!
D ia após dia, crescendo juntos..
O ndas de carinho e afeto trazes aos amigos...
V erdadeiro
I nigualável
C heio de sentimentos nobres
H oje, teu dia especial... te desejo
I nspirações sem par...que a
N atureza esteja a teu favor...que teu caminho
S eja trilhado com pedras preciosas
K isses, e contigo caminhe o amor
Yes...tenho em ti um grande e querido amigo!
Parabéns Rich...
Tudo de melhor em teu caminhar
Hoje e sempre....
Beijos, com carinho....
Esse acrótisco foi feito pra mim , como uma gostosa
forma de dizer parabéns, afinal dia 19 foi meu
aniversário. Obrigado Athena pelo carinho!!!!
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Como pode?
Isso de mim, que não anseia a partida
E perpetua essa agonia do momento
Que não é amor, nem celeste, e tento
Um humano gesto, ode enlouquecida
Assim é impura e pura, tenra e úmida
Como pode? E sempre nos consome
Mas parece impossivel saciar a fome
Nesses olhos o desejo da fera contida
Não é amor, mas a carne clama, a vida
Um avesso, algo impuro, mas saboroso
Na carne a flor pura, o canto delicioso
Como pode?Na chama ser consumida
Não basta, mas conforta, assim guarda
No mito,um coração em sua despedida
Canto e tormento
Despe-te dos pudores, e te aquece.
Palavras e criação, nas mãos o mar
E passeia, permeia a terra a sonhar
Vibra, do insano canto não esquece
O todo, vasto e vago, que florece
Pranto e engano, coração partido
Assim contemplo o canto sentido
Da divindade essa alma esquece
Que espera manter vivo o coração
Devido a intensidade da emoção
Tem a vida no humano sentimento
Não esta em afagos, mas consome
É sereno, mudo, comoção e fome
No canto, um amor e seu tormento
Tesouro raro
Descubro tua carne,visgo e malícia
Enquanto teço nosso tempo, canto
Nesse furor, boca, brasa e encanto
Me dará teu tesouro, entre carícias
Contemplo a vida em ti se perdendo
Teu tesouro,na chama e ornamento
Ilhargas, pele de laca, no momento
Da canção ardente, vamos tecendo
No teu sorriso o desejo, de tão vasto
Que nos consome, não cabe no canto
Finito mito,na carne trêmula morrendo
Irmã do paraiso no templo escondido
O canto desse desejo foi consumido
Nesse tesouro raro, em ti escorrendo
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Teu rumo
Porque nós nos perdemos?
Esqueci como sorrir
Um não vivia sem o outro
Não adianta eu fingir
Sempre fomos cumplices
Não sei mais o que sentir
Compartilhava sonhos
Onde tudo era possivel
Você me fortalecia
O caminho era incrivel
Mas o tempo nos separou
Me tornei insensivel
Hoje eu apenas vago
Nessa vazia estrada
Tudo perdeu o sentido
Minh'alma algemada
Assim tornei-me vazio
Frio, com a alma calada
E não te ouvi, fui tolo
Uma escolha segura
Mas perdi, sem consolo
A dor me sufocou, agora
Aqueles sonhos perdi
Com a canção de outrora
Que apodreceu no peito
A benção virou maldição
Sabor pútrido e amargo
Uma previsivel emoção
Castigo insuportável
Uma madura sensação
Da covarde segurança
Parti todas algemas
Caminho a teu encontro
Minh'alma por ti clama
Me entrego as tormentas
Ascende essa chama
Me mostre seu caminho
Assim o sonho renasce
E a carcaça ganha vida
E o amor me reconhece
A vida um grande desafio
A beleza não esquece
Mas tudo sera poesia
Irão notar que te ouço
Pela força no olhar
Quero meu recomeço
Meu coração espere
O teu rumo não esqueço
Raro sabor
Um sabor raro entre tuas asas
Em tuas águas,o sonho, o nada
No teu costado, ode encantada
Boca carnuda e lingua em brasa
No desejo indócil, visgo e fulgor
Com um colibri na boca, calada
Em sua flor noturna, encarnada
A agonia humana, sabor e calor
Amor com sua fome, é perecivel
É chama, que se torna pó, e nada
Sempre te perco,mas em seguida
Te recrio na poesia, indecifrável
Teço nossos versos sem esquecer
Assim sempre te faço adormecer
Vida concebida
Mundo perdido na tua boca
Da carne a canção, criação
Nas mãos, esqueço a solidão
Furor e asas, te deixo louca
Ilusão que há muito te deseja
Sem repousar,idefinida canção
Que refaz a vida, que sensação!
Para que todas as cores veja
Angustia com ternura na busca
Como foi feito de nossas vidas
Que na saliva e visgo escorrida
Que essa carne trêmula ofusca
Na canção e suas asas perdida
Mito e verdade a vida concebida
No tempo
Demasiado e intenso
Nesse tempo tecendo
Embora áspera, ode
Desejo renascendo
Canto inconsentido
Carne enlouquecendo
Efémero, transitório
Onde repenso tudo
Construindo as ilusões
No caminho nítido
Mas insano e singular
Saboroso e lúcido
Nesse tempo invento
Na carne circundando
O canto, a flor lasciva
Entre o ardente o umido
Palavras, pose e apelos
Tempo coincidido
No caminho de dentro
Que pensa sorri quando
Na memória guardará
Em verso concentrado
Na beleza que se foi
Tempo despedaçado
Na tamanha perdição
A lembrança carregando
Do perfume dessa flor
Desse furor perdido
Com seu amor impuro
No tempo esvaindo
Se renova
Lento será meu gesto, na longa canção
Em tuas densas águas, malícia e fulgor
Recobrindo a carne, a chama, no furor
Busca que se cumpre, grito e emoção
Nesse multiplo prazer o rosto se ilumina
A carne sem resistência, poesia e mãos
Na semente concebida, furor e emoção
E despe-se de barreiras, canta e anima
Toco-te a flor,como o inicio de um cantar
Um desejo que é mudo, puro a encantar
Com a carne e visgo, mantém a malícia
No desejo nos transforma em divindade
E descobrindo o mito na sua eternidade
Que a vida se renova no prazer e carícia
Tempo e face
Tomo-te assim te batizo de novo
No momento do desejo, tecendo
Que é vida insana, nos sorvendo
Mistério da carne, o mito renovo
Quando passeio em sua formas
Na boca e visgo me perdendo
Generozamente te concedendo
Unindo nossas carnes e almas
Com beleza, em um só poema
Na descoberta da canção intima
Recriando o tempo desse tempo
Na pura vida recoberta de cacos
Provei o gosto,arrancando nacos
Tempo e face o prazer contemplo
domingo, 16 de janeiro de 2011
Carne tatuada
Na conquista te mastiguei depois chorei
Grito da garganta de meu tempo, insiste
Se souber hoje como a poesia é triste
No tempo da ilicita memória que magoei
De repente canta e do caminho desiste
Pontilhado na tua boca as águas em fúria
Um tanto que amei, na chama com luxúria
Na beleza e aspereza esse mito consiste
A morte do mito, nossa morte, no mundo
Deglutindo cada palavra, mergulho fundo.
Na morte, sinto a vida , que comemora
O futuro que é sangue, visgo e vaidade
Vermelho desejos ,puro, sem maldade
Renasce na carne tatuada sem demora
Alma surrada
Uma alma velha surrada sem esquecer
Os risos, a malícia, o sabor da tua boca
Do grito do peito, dor, insana voz rouca
Assim naufraga a vida, desejo morrer
Que esquece o desejo, quente e louco
Entre pétalas e o perfume dessa mulher
Na beleza do mundo que devo esquecer
Um encanto mistico ,onde tudo e pouco
Ilusão do sentimento puro sem maldade
Onde não há dor, solidão, pudor ou idade
Floresce na alma a dor que no peito mora
Enlouquecendo na dor dessa alma triste
Deixando-a vazia de tudo que nela existe
Nem a lembrança de ser feliz em outrora
sábado, 15 de janeiro de 2011
A canção criei
Será esse verso meu?
Ou desse outro, que cria
Renova o que se perdeu
Amor na dor, alma poesia
Que mim mesmo persigo
Poesia,dor escondida
Nesse eterno castigo
Lança a noite, duvida
Oco, anonimo e mortalha
E continuarei buscando
Teus passos a batalha
Vastidão perecendo
Integra-me na criação
Da densa atmosfera
Verso antes da canção
Promessa da nova era
Contorno improvável
Dos versos que inflama
Beleza formidavél
Que o deus pagão clama
Transforma o pensamento
Mas quem os compreende?
A lágrima com tormento
E chega onde pretende
Versos e o poeta são assim
Assombrado na ausência
Vaga nos mundos, enfim
Repensa sua essencia
Na noite que consente
Verso,tempo e memória
Dissipa a dor presente
Na alvorada e glória
Nos versos, vida e gosto
Perdas, pó onde sonhei
Sumo, vida e pergunto
No verso a canção criei?
Pássaro-poesia
Carrega-me contigo poesia minha
Cruzando o escuro, luz , o impossivel
No barro, tua ode , o desejo perecivel
Sonhos, palha entre versos caminha
Viagem que faço comigo, que alinha
A tua geografia, sem bagagem alguma
Só a vertigem do desejo,sem nenhuma
Barreira, tua água e luz, poesia minha
Com a embaraçada e perigosa ilusão
Sem pudor ou rotina , nessa canção
Estilhaça os limites da humana alma
Fosso extremo, paisagem sem limite
Uma face humana, que tua luz emite
Pássaro-poesia, a alma por ti clama
Na batalha
Entre batalhas,sabores e canção
Na escura alma, renasce o fulgor
Com riso, visgo, na carne o furor
Nesse calor, saliva e sensação
Mas porque eterno, se é palha?
Construo esse mito no coração
Amarro-te ao desejo sem noção
Que o gozo, trêmulo estraçalha
Busca quebradiça e inconstante
Que marca em nosso semblante
Da chama que consome a palha
E devo a ti,o coração acorrentar
Não é perfeito! E devo lamentar?
Só há o humano gesto na batalha
Dádiva pura
Um poeta e seus multiplos desejos
Sempre diz adeus,caminha e canta
Cria na dor a beleza que encanta
Nele o santo,o pecador assim vejo
Duvidosa teia da poesia e loucura
O tempo, o nada, a dádiva a planta
Trevas perfeitas, lasciva que canta
Na alma livre sedutora e impura
Compaixão, sombra desse abismo
Ou talvez um inocente conformismo
Como explicar? Dádiva ou loucura!
Cheio de beleza, liberdade e lúxuria.
Que tudo excede, com força e fúria
Tormento e criação uma dádiva pura!
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