O que me guia é a quimera do poeta
Há muitos entre nós, além da alma
Nossos iguais que nas asas clama
São frágeis limpidos e assim liberta
Apesar da eloquência que mantinha
Uma flor que fecundava nas brumas
Na solidão um sudário das chamas
Humana temendo, na treva abstinha
Um tempo incerto tecendo a criatura
Mal sabe que renasce a flor na rama
Assim o verso recomeça e aproxima
Humildade e abandono na obscura
Maneira insana de existir, mas sigela
Sábia e estranha lavra que se fez bela