Desordem na tua boca
Saliva e linho, fulgor
Antes da morte tosca
Respiro-te com furor
Ódio-amor, veêmencia
Furor no calor e visgo
Sob a água e cadência
Na tua fome e castigo
Devoro-te, conhecendo
Fulgor da carne, lento
Corpos se contorcendo
Sóis desse momento
Ventre estremecendo
Com o leite da carne
Derramado, escorrendo
Tecendo nosso charme
Tecendo prazer e grito
Na ardente textura
Do visgo e infinito
Delicada e púrpura
Nesse amor púrpura
Colhe que nos resta
Na efémera loucura
Dessa rama secreta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário