Saber no silêncio cinge
Quase grava, e perece
Fabuloso mundo finge
Surdo,tosco, esquece
Nessa manhã que tarda
Raiz, ilusão e pétala
Peçonha densa, o nada
Integra-nos a ode bela
Outra bem mais densa
Brumas desse encanto
Verso e universo, pensa
Pulsa antes do canto
No silêncio instável
Promessa dessa alma
Contorno improvável
Deus que nasce e clama.
Que o não dizer inflama
Boca sem movimento
Na alma versos e chama
Cria verso no tormento
Ódio-amor, flor e chama
Ode que confronta e grita
Que é nada, o tudo e clama
E quem entende, conquista
Assim envolveu o poeta
Assombrado e ausênte
Versos, alma inquieta
Nesse canto eloquente
Olhar vago, ausente
Sempre é tempo de dizer
Sem o saber, descontente
Flor, a dor ou enlouquecer
Prefere possuir o amor
Aquele ocre ou doce
Que se torna cinza e dor
Na noite entorpece
Retornando a memória
Nosso tempo e vaidade
Dissipa o verso e a glória
Com fulgor e crueldade
Duplas cores e seu manto
Dessa alma sofrida
Nesses versos e seu canto
Da inocência perdida
Por um anjo tocado
Que jamais cantaria
Os versos esquecidos
Na alma libertaria
Ser obscuro que seduz
Essência que confunde
Nesses versos, canto e luz
Louco e belo se funde
Seu sangue, ode e tesouro
Em sua criação transmuta
Ressurge, a sina e ouro
Versos que eleva o poeta.
é- tá mudando mesmo- isso é uma preparação p 2011?
ResponderExcluirbom amigo, que venha no ano 2011 com a bola toda, sugerindo novos temas p ciranda lá no recanto das letras, e aqui no teu blog, com maiores surpresas-
mii