segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

No tempo


Demasiado e intenso
Nesse tempo tecendo
Embora áspera, ode
Desejo renascendo
Canto inconsentido
Carne enlouquecendo

Efémero, transitório
Onde repenso tudo 
Construindo as ilusões
No caminho nítido
Mas insano e singular
Saboroso e lúcido

Nesse tempo invento
Na carne circundando 
O canto, a flor lasciva
Entre o ardente o umido
Palavras, pose e apelos
Tempo coincidido

No caminho de dentro
Que pensa sorri quando
Na memória guardará
Em verso concentrado 
Na beleza que se foi
Tempo despedaçado

Na tamanha perdição
A lembrança carregando
Do perfume dessa flor
Desse furor perdido 
Com seu amor impuro
No tempo esvaindo 


Um comentário:

  1. Sou apaixonada por poesia e aqui encontrei muitaaaaa.
    Arranho algumas de vez em quando também.
    Parabéns pelo espaço que possui!
    Por aqui ficarei.

    Abraços.

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