Venha a mim, caminho só, e sorvo a vida
Não me demoro entre linhas convincentes
Alma que geme e sofre, ode comovente
Não medito na carne, nem na despedida
Agonia e paraiso, e tu sabes o que é vida
Que em ti escorre, demora, vibra e pensa
No manto da incógnita me envolva, imensa
Nesse poente desejo antigo, triste partida
Entre o belo e o banal, uma dor desmedida
Da lembrança da vida que escorre, perdida
Nos teus caminhos, calor , fulgor e vaidade
Onde ainda recordo-me de olhos lascivos
E uma rosa sussurava, versos despercivos
No desejo, escorrendo a contida verdade
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