sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Quimera do poeta


O que me guia é a quimera do poeta
Há muitos entre nós,  além da alma
Nossos iguais que nas asas clama
São frágeis limpidos e assim liberta

Apesar da eloquência que mantinha
Uma flor que fecundava nas brumas
Na solidão um sudário das chamas
Humana temendo, na treva abstinha

Um tempo incerto tecendo a criatura
Mal sabe que renasce a flor na rama
Assim o verso recomeça e aproxima
Humildade e abandono na obscura

Maneira insana de existir, mas sigela
Sábia e estranha lavra que se fez bela


2 comentários:

  1. Bom dia Ricardo, intenso soneto numa belíssima contrução poética. Abraços.

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