domingo, 13 de março de 2011

Flor impulsiva



Entre anemona e sussurros, ave versátil
Em tua  boca móvel que desabrocha lasciva
Com visgo e saliva na carne a flor impulsiva
Nas coxas esmaltadas com o bastão eréctil

Ventre esmaltado a fome da quimera gentil
Ilharga, louça umedecida clama compulsiva
Bastão e lingua de fogo, impura, expressiva
Enxarcando de mel o que é robusto e volátil

Penetrando os meios, êxtase na flor vibrátil
Nos lírios e saliva, trêmula, gritava explosiva
Manobras, a fome no ventre sacia, intensiva
Com o leite da carne, mito no bastão táctil

No efêmero o imutável mel onde se detem
Com o gozo o divino que  jamais esquecem


2 comentários:

  1. Lindíssimo! Pude alçar voos e viajar em tão doce melodia, acompanhada de belo soneto! Bjos

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  2. Maravilhosa e intensa sua poesia.Me deparei com a beleza da face do desejo. Beijo poético!

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