sábado, 5 de março de 2011

Ode da alma



Assim não te machuquei
Quando crio uma ausência
Uma ilusão que invoquei
Dor, terra e consequência

Com flor, espinho e canto
Onde hão de ferir e amar
Fulgor, heresia e pranto
Na Ilusão o corpo a clamar

Tema a soberba e virá
Quimera, carne e vales
Um manto conseguirá
Sangue e poesia equivale

Onde uma alma chora
E na poeira se perdeu
Esse mito no agora
Nessas palavras ardeu

Virá o esquecimento
Do canto que teu a vida
Hoje apenas lamento
Na flor que sorri ácida

No teu punhal a cegueira
Sempre meu ego rondando
Insana ilusão a beira
Ode da alma queimando




3 comentários:

  1. Perfeito! Ler uma bela trova ao som de Il Divo que adoro, não precisa mais nada, só mesmo viajar por entre versos e suspirar! Bjos

    ResponderExcluir
  2. A alma humana em sua diversidade sempre nos deixa marcas e nos inspira! O conjunto de imagem, música e prinipalmente versos emocionam fundo debtro do peito! Adorei, Ricardo! Beijos, Aninha

    ResponderExcluir
  3. A intesidade é tua marca Ricardo, emociona quem lê e a música contextualizada ao texto. Lindo poema. Abraços.

    ResponderExcluir