sábado, 30 de abril de 2011

Memória do vento






Sempre ressussito nas memórias do vento
Onde via-a te, ave-mulher, assim me perdi
Nesse passeio incosequente, onde eu ardi 
E para não arder, criei versos no tormento
  
Palavras que não são castas meu alimento
Me revivendo assim,  nos versos que urdi
E deles eu desdenho, e também me aturdi
Mas escorrendo no tempo do rompimento


Antes da morte desmemoriada, um alento
Onde busco o sopro, assim na sina comedi  
Tomo a tarefa de sempre te guardar e surdi
Assim livro-me do efémero sem sofrimento


Pois outros irão ver-te serenamente, não eu
Que  pretendo libertar-me onde tu pereceu    




2 comentários:

  1. O vento também alimenta-se um pouco de todos nós...

    Linda poesia.

    Ótimo fim de semana pra ti.

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  2. Maravilhoso seu soneto, tudo em harmonia e a musica eleva a beleza. adoro ler-te bjs

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