sábado, 2 de outubro de 2010

Cala-te


Tua boca tensa
Palavras que
Queimam
Tromba retorcida
Cuspindo injurias
Espalhando
Calunias
No céu
Abrindo feridas
Marcas pútridas
Deixa tudo
Pequeno
Sinistra vóz
Eclipse do
Desejo
Estranho desastre
Esqueceste
Do rir
Pragueja
Em cascatas
Que que rugem,
Uivos e pauladas
Visão turva
Escandaloso mal
Apunhalando
Cortando em um único
E fatal
Golpe transcendental
Boca maldita
Cala-te
Pois aqui
Tu não tem poder

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