sábado, 2 de outubro de 2010

Sóis e cometas

Levanto-te ,
Te carrego
No passado
Te desejo
Em meu futuro
Minha garganta
Arranha
Com o grito
Desse desejo
Preso
Que não é casto
E que te devore
Entre mundos
Eternize o tempo
No êxtase
Do agora
Degustando
Suas pétalas
Te conquisto
Onde renasço
A cada instante
Te marcando
Com a face da fome
E prazer
Que se cria
Nesse momento
Efemero, injusto
Intenso , louco
Saboreio teu
Fruto
Que se faz
Presente
Translúcido
E me esparramo
Sob tua carne
Vivendo o agora
Saboroso, lascivo
Indescritível,
Recoberto de visgo
Recriando nosso
Mito
Onde tocamos
Sóis e cometas

Nenhum comentário:

Postar um comentário