terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Esse deus


Esse deus inalterável, surdo
Mantido entre o riso e pranto
Na alma do poeta esquecido
Divino com todo desencanto 
          
Deus que se nota no pranto
Esperando que os versos
Mantenham vivo seu encanto
Sonhos do poeta disperso

Onde se da a  bela criação
E o poeta um deus se torna 
Não falo do deus de oração
Beleza que versos contorna 

Que cria a beleza dessa flor 
Nesse amar de forma plena
Segredo supremo e fulgor
Sem cuidado na ode serena 

Criando essa divina comoção 
Lágrimas do filósofo místico
Deus obscuro na sensação
Mas luminoso, louco e lírico

Se fundem na poetica do ser
O poeta da visão e seu mundo
Nos versos começam a tecer
Um grito belo no mar profundo

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