terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Repense as essência


Mesmo esse desamor
Terá seu contratempo
No momento do amor
Nascendo nesse tempo

Sempre nasce morrendo
Nosso tempo desgasta
Nos versos renascendo
O poeta com a pena casta

Grande tempo e espaços
Dos mensageiros raros
Canção, lamentos e versos  
Nos pios de pássaros

No caminho procura
Assim a alma esqueça
Na palavra e loucura
Sem que o verso pereça

Boca móvel da poesia
Outro que é poeta,canta
Sussurra sem heresia
Flor de amor que encanta 

Que ao poeta persegue
Com a rosa escondida
Eterno castigo, segue
Nessa voz não ouvida

Que de junco áspero 
Criação de mais versos
Oco, anônimo, espero
Que ainda nesses passos

Cobalto na vastidão
Que é poeta, tudo,e nada 
Crespo nessa imensidão
Sal na morte calada  

Que vislumbra o obscuro
No verso luminoso 
Fábula enigma puro
Desejo tenebroso

Finge e esculpe os seus
No fabuloso mundo
Integra o poeta e o deus 
Sofrimento profundo

Pressão do encanto e flor
Versos antes do canto
Peçonha desse fulgor
Boca e seu movimento

Na pena e pensamentos 
Ode e perfume da chama
Presença desses mitos
No amor que a alma clama

E o poeta sempre é assim
Nas insanas ausências 
Cria a paisagem com jasmim
Repensa as essencias

3 comentários:

  1. Muito bom o seu post... sábias palavras..
    Tenho um blog, e sua visita seria uma honra...
    http://tecladobrasileiro.blogspot.com/
    Gostaria de saber a sua opinião sobre estes textos...
    Diga-me q q você acha... comeent...
    Quem sabe atehh eu seja digno de ser seguido...
    hihihii

    um grande abraço

    ResponderExcluir
  2. Muito lindo, parabéns Ricardo...Bjus

    ResponderExcluir
  3. Adoro te visitar por aqui. Acho que tudo tem mais vida e a sua cara. Parabéns, Vê se me visita tb, né?

    ResponderExcluir