domingo, 26 de dezembro de 2010

Nos rastros


Nos rastros do paraiso 
Fissura insinuante
Ode, inquieto sorriso
Boca incandescente

Onde sempre há verso
Dessa alma de poeta
Seu desejo disperso
Em um grito disperta

Que não será ouvido
Dentro de nós, resguarda
Algo puro e perdido
Rubra e estilhaçada

Ao vento te cantará
No desejo que é água
Da conturbada terra
Nessas flores da mágoa 

Quando no tempo canto
Múltiplo, imóvel e pouco
Na ausência do pranto
Inocente  poeta louco


Nenhum comentário:

Postar um comentário