Nos rastros do paraiso
Fissura insinuante
Ode, inquieto sorriso
Boca incandescente
Onde sempre há verso
Dessa alma de poeta
Seu desejo disperso
Em um grito disperta
Que não será ouvido
Dentro de nós, resguarda
Algo puro e perdido
Rubra e estilhaçada
Ao vento te cantará
No desejo que é água
Da conturbada terra
Nessas flores da mágoa
Quando no tempo canto
Múltiplo, imóvel e pouco
Na ausência do pranto
Inocente poeta louco
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