Na conquista te mastiguei depois chorei
Grito da garganta de meu tempo, insiste
Se souber hoje como a poesia é triste
No tempo da ilicita memória que magoei
De repente canta e do caminho desiste
Pontilhado na tua boca as águas em fúria
Um tanto que amei, na chama com luxúria
Na beleza e aspereza esse mito consiste
A morte do mito, nossa morte, no mundo
Deglutindo cada palavra, mergulho fundo.
Na morte, sinto a vida , que comemora
O futuro que é sangue, visgo e vaidade
Vermelho desejos ,puro, sem maldade
Renasce na carne tatuada sem demora
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