segunda-feira, 7 de março de 2011

Basta saber



Basta saber que me perdi
Uma alma confundida
Que na fada acreditou
Teve a ilusão perdida
Na visão do mundo cru
Nessa teia concebida

Sem cor, mas delirante
Com chagas a céu aberto
Nas aflições e mágoas
Quimeras do espanto
Diante de falsos risos
Sinto a alma em prantos

Um desejo calava
Esqueço o que pretendo
No escuro que vivo
Lembranças não entendo
Nem rituais ou  gestos
Na ilusão absorvendo

Que é esquivo e indócil
No secreto tormento
Uma alma aprisionada
No lírico testamento
Um ruido inquietante
Na boca o rompimento

Que não fala ao poeta
Com a pluma murmurante
Uma voz será ouvida
De forma  delirante
Resguardando na ilusão
Confusa e hesitante


2 comentários:

  1. Bom dia Ricardo, uma poesia profunda onde os questionamentos e suas certezas levam a reflexão. Muito lindo não como se de si falasse, mas de alguém que assim se encontra. Abraços Poeta.

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