sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Sua natureza





No desejo percorria teu ventre com loucura
Teu corpo descobria e nas quimeras tentas
A boca insana se perdia nas curvas impuras
Recoberta de laca, ardor que me atormenta

A doce perdição entre teus encantos apura
Na carne a incandescência que nos orienta
E somos vorazes buscando o mito purpura
Nos consumindo onde os limites arrebenta

No ritual sincronizado, onde a fome  acura
Trêmula nas águas efémeras,mas aferventa
Com a face iluminada, carne lasciva e pura

Onde todo o espaço se preenchia e alimenta  
A quimera e prazer entregando-se a loucura
Sua natureza ígnea*, saborosa que desorienta!


*Ígnea=. Que tem fogo ou é de fogo; ardente



2 comentários:

  1. Gostei muito de teu blog, gosto de acompanhar os blogs de quem escreve poesias. Aliás, dê uma olhadinha no meu também:

    http://poesiadosexcluidos.blogspot.com/

    Abraços e athe mais!!!

    ResponderExcluir
  2. Adoro te ler também por aqui e as canções...sempre belas! Beijos

    ResponderExcluir