terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Tempo saboroso


Que há de roer o tempo
Boca depois o gosto
Desejo e contratempo
Sopro, pousa no rosto

No seu dorso a brancura
Esse desejo queima
Nessa canção impura
Em nossa carne teima

Essa ode que iludirá 
No tempo da beleza 
Que no calor te dirá
No amor com nobreza

Ao tocar-te nas luas
Madrugadas e agônias
Com furor na carne nua
Paraiso na sinfonia

Desse mito a vertente
Tateio e vivo o tempo 
Com o desejo poente
Na terra,a água e vento 

Passeia sobre o amor
E colhe tudo que resta
No instante de fulgor
Ressurreição secreta

Agora entrelaçados
Desejo vitorioso
Do gozo dilacerado
No tempo saboroso




Nenhum comentário:

Postar um comentário