Que há de roer o tempo
Boca depois o gosto
Desejo e contratempo
Sopro, pousa no rosto
No seu dorso a brancura
Esse desejo queima
Nessa canção impura
Em nossa carne teima
Essa ode que iludirá
No tempo da beleza
Que no calor te dirá
No amor com nobreza
Ao tocar-te nas luas
Madrugadas e agônias
Com furor na carne nua
Paraiso na sinfonia
Desse mito a vertente
Tateio e vivo o tempo
Com o desejo poente
Na terra,a água e vento
Passeia sobre o amor
E colhe tudo que resta
No instante de fulgor
Ressurreição secreta
Agora entrelaçados
Desejo vitorioso
Do gozo dilacerado
No tempo saboroso
Nenhum comentário:
Postar um comentário